quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Na cidade cinza

Aqui estou, neste lado cinza do mundo. Por aqui o céu é menos azul e a poeira irrita meus olhos. Aqui não ouço espontaneamente os Bons dias e Boas tardes. Em breve terei que me acostumar novamente com tudo isto aqui. Me acostumar com o cinza. Me acostumar com os ataques de rinite. Me acostumar a não ver mais as flores. Sentirei saudades de minha bicicleta que tanto demorei a gostar. Nem fui ainda e já estou com saudade de tudo, saudade de tudo que aprendi a gostar, de tudo que aprendi a valorizar.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Pôr do sol

Vista da calçada de "mi casa".
25-09

Hoje falava-se por todos os cantos sobre as "duas luas" e em minha cabeça só restava o lindo pôr do sol que presenciei no fim de tarde desta segunda feira. Lembrei-me que hoje era aniversário de papai e ontem foi o de Léléu... Ahh primo Léo, fico feliz por voce estar tão radiante assim como aquele sol que se escondia ontem. Coisas simples da vida é isso, simples é os pensamentos que tomam conta da gente da cabeças aos pés como a bebida purpura do Dia do Curinga. Não poderia deixar de lembrar do poema Pôr do sol, não pude deixar de lembrar da resenha de João Salles sobre o lado simples da vida e as poesias de José Gilberto Gaspar. Por enquanto fiquemos com a poesia Pôr do Sol, em breve postarei as demais... todas maravilhosas que combinam muito bem com este meu espacinho virtual.

Depois de um dia de pesada lida,
Contemplo o entardecer e, realmente,
Morre a beleza deste sol poente,
No crepúsculo... a tarde esmaecida.
E o meu olhar se espraia molemente,
No horizonte, onde a barra é colorida.
E, na meditação mais comovida,
Minh’alma, agora em prece comovente,
Despede-se da tarde que termina.
Cânticos bíblicos da campina,
Assobia a codorninha escondida!
E, olhando no horizonte avermelhado,
Vejo do meu crepuscular passado
Um outro pôr-de-sol... É a minha vida.

Derradeira estação

Por aqui céu sempre azul
Sopros gelados anunciam o entardecer
O intenso calor do dia
Vento gelado da escuridão
Assim é o meu lugar
No caminho verdes pastos, pássaros avuados
Flores de todas as cores
O anuncio da bela estação
A Prima Vera está chegando
As nuvens carregadas são suas malas
A água desaba, umedece o solo
As sementinhas despertam do sono invernal
Em breve mais e mais flores
È a Prima Vera que chega
Derradeira estação.... logo mais o doce Verão.


Flores de agosto

Pela cidade nota-se flores distribuids ao longo do ano.... neste mês me deparei com ipês brancos, amarelos, carreiras lilázes de azaléias!!!Por aqui no meu quintal minhas rosas continuam a florescer. Nem fui e já sinto saudades =)

Meu caminho II

O destino é somente uma questão de escolha. Parece clichê, mas não deixa de ter lá sua razão, isso se não pensarmos que as escolhas são predestinadas. Alguns podem dizer que ter uma imensidão de caminhos, de escolhas é um privilégio neste mundo onde boa parte da população só tem uma única opção: a miséria. Agora, esta minha reflexão, é individualista, sem sobra de duvidas. Estou matutando sobre quais caminhos devo trilhar, em quais ônibus devo embarcar, a quem devo ligar e dizer: me espere pois estou chegando! È tudo uma questão de escolha e neste momento gostaria que só houvesse um caminho e pronto, para evitar um questionamento futuro: será que devia ser isso mesmo? Fiz a escolha certa? E se fosse a outra... e blá blá blá

^.^


Sempre indignada...

Como pode uma empresa que mais causa danos ambientais e sociais, aplicar capital em projetinhos sócio ambientais com a maior cara lavada e ainda por cima diz que quer incentivar uma agricultura mais sustentável??? "¬¬ Infelizmente a mídia não está nas mãos de quem deve. Sinto imensa raiva do curso de publicidade, um curso de graduação a serviço desta corja. céus! Uma ação nítida de compra da opinião publica para que suas ações sejam escondidas e que os movimentos sociais que tentam por a boca no trombone sejam vistos como loucos, arruaceiros... ahh terroristas.. céus! Uma agricultura sustentável a base de herbicidas, hormônios e sementes transgênicas!!? Sei...
Bom, de que raios estou falando?? Simples... marketing ambiental de grandes empresas que causam muito problemas... muitos... Vilões pagando de heróis.

Ps: não rola dar nome aos bois infelizmente. Uma dica: observe atentamente os rótulos dos alimentos e produtos de higiene e descobrirá muitos bois.

Contradições, crises e desafios

A contradição sem duvida é o que impulsiona alguma mudança de consciência, para que isso aconteça é necessário a chamada crise de consciência alimentada seja como for... pelo ódio, pela raiva, pela indignação, enfim...E é nessa parte que as pessoas procuram um caminho pra superar esta crise, normalmente se relacionando com outros seres humanos que compartilham das mesmas dores, das mesmas crises. O engajamento em movimentos sociais seja também qual for, pode provocar decepções que geralmente são ocasionados pela ansiedade em mudar o mundo deparado com as metodologias utilizadas, a burocracia e a lentidão dos processos. Mas aí que está, quando há decepção é porque faltou alguma coisinha na impulsão do processo de consciência, a desilusão só impregna nos corações daqueles que não tiveram elementos suficientes para entender que não temos todas as respostas e é necessário buscar os caminhos, pensar e por em práticas as respostas e mesmo dando errado, tentaremos outra vez, com outras perguntas e respostas. Como o tal “pensamento pedagógico” em crise, não há soluções pedagógicas se as mesmas não forem postas em prática e avaliadas continuamente, o que acontece muito é o choque entre visões de educação, e a resistência que muitos tem a experimentar essas novas formas de pensamento. E quando se pergunta como podemos repensar o papel da educação com um movimento social eu só tenho a dizer que isso deve se dar através dele e junto com ele. E cada movimento apesar das pautas especificas seja a luta por terra, emprego, teto, soberania, igualdade de raças, de gênero, etc atualmente todos debatem pautas que é de interesse geral como educação, saúde e soberania, através da luta proporcionam o avanço de consciência, pois o inimigo é um só, é o sistema excludente e explorador que deve ser superado para que todos alcancem suas pautas especificas. Ah, pensar o campo como agente revolucionário, não só! Não só! Unir campo e cidade... Este é desafio que foi lançado.

O desafio é acabar com a névoa que esconde as contradições....

Ps: reflexão sobre o Texto Levantados do Chão escrito pela Nat em O espetacular mente




domingo, 24 de agosto de 2008

Meu caminho


"Nada mais difícil, quando se procura um caminho, que descobrir se a força que nos empurra vem do desejo de fugir ou do desejo de buscar.
Talvez, em algum nível bem profundo, nem haja qualquer diferença entre esses desejos.”

"...E quem conhece sabe: o conhecimento não conforta; inquieta."
Geruza Zelnys


quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Papai...

Minha inspiração politica sempre esteve sob o mesmo teto: papai.

"Sou militante convicto e nunca exigi nada do partido. Militante que chama pra ele a bonificação da execução perde o meu respeito, militante que é militante simplesmente faz e nada pede em troca além da satisfação de estar fazendo o que acredita ser certo. Este aí já perdeu o meu voto."

Papai tascando o pau em certas pessoas do partido. Sem duvida, a construção coletiva é essencial, infelizmente sempre surge lideranças que são empossadas por N fatores e por deterem alguma qualidade especifica, seja o dom do discurso ou o dom da execução, de saber organizar a massa. Aonde papai queria chegar é que às vezes identificamos que a liderança não está ali para o coletivo e sim para satisfação pessoal, alimentando o ego, provando o gosto do sucesso, do poder, etc. Estes não são confiáveis... Podem mudar de partido a qualquer momento quando seus interesses pessoais não estão sendo concretizados.

Minha educação realmente vem de casa... Uma vida marx ^.^


domingo, 17 de agosto de 2008

Vinicius, mas não de Moraes

Porque era uma gota de orvalho
Tu era tão Vinicius, eu flor
Éramos musica, eu Elis
Lhe ouvi cantando baixinho
Eu dançava louca no corredor
O telefone às vezes tocava
Havia prantos embaixo de um cobertor
Tu era tão Vinicius, eu sua flor
Éramos musica, fui tão feliz
Mil motivos pra escrever
Nenhum motivo pra esquecer
Tu és meu Vinicius, eu sua flor.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Apego Material?

Com certeza uma vez por ano, ou às vezes mais, eu realizo o ritual “bota fora” que consiste em despachar para a reciclagem tudo que tem de inútil do meu quarto. Minha mãe está há dias no meu encalço como uma alma penada repetindo: Quando você vai organizar aquele quarto minha filha?!?! Eu espertamente fico empurrando com a barriga: Amanhã mãe, amanhã!

Ontem decidi iniciar o bota fora e comecei pelo guarda roupas e não consegui me livrar de muita coisa. Acontece que existem varias peças de roupa que não uso com toda certeza a mais de um ano e não consigo dar embora, fico na ilusão que um dia eu vou usar. Fico com dó, não sou de adquirir roupas incessantemente, mas cuido muito bem delas e por isso duram muito. Tenho peças de roupas com mais de seis anos de uso... Pensei se isso não é apego material. Depois fiquei resgatando mentalmente os bota foras anteriores e verificando mentalmente diversas coisas que possuo e não uso como livros, revistas, agendas, materiais escolares. Tenho até papéis de carta que eu colecionava na infância. Não consigo jogar fora!! Lembrei disso outro dia ao ler o post Vícios em emoções (passadas rsr) do Guilherme Cristofani no flash.peoplehome que me fez repensar sobre o meu apego ao passado que é bem como eu me sinto em relação às velharias que insisto em guardar, é como se fosse o meu acervo histórico entende? È a minha história ali em cada objeto, em cada carta, em cada agenda, em cada caderno... Em cada coisa o reflexo das minhas emoções passadas. Se eu jogar fora é como se eu jogasse parte de mim fora. Quantas vezes eu já acordei decidida a me livrar de tudo e simplesmente brochei apreciando minhas lembrancinhas. Será isso apego material ou um vicio?


Capital social? Mmmm

Hoje me deparei com um e-mail que dizia assim: Soluções Financeiras: a Inovação a serviço da transformação social, onde o objetivo é identificar propostas e alternativas para inserir comunidades carentes na economia, ensinando a acessar, investir, poupar, gastar e emprestar dinheiro através de fundos de investimento, grupos de poupança, projetos de micro-crédito, etc etc. No primeiro momento me pareceu a coisa mais linda do mundo e sabemos bem que todas as ações são pra elevar a qualidade de vida destas populações, mas fico pensando se tudo isso não é contra-revolucionário, pois estamos assim nos inserindo ainda mais dentro da malha capitalista, é como ensiná-los a sobreviver dentro do capitalismo: Se você não investir ou poupar será sem duvida um excluído!!! Acredito que podemos sim aprender a viver melhor no capitalismo, mas sem perder de vista o momento da virada, o momento da transformação. Tenho realmente muitas duvidas em relação a estes tipos de empreendedores sociais...



Existe capital social?
Capitalismo bonzinho?

Sei não rapaiz!
^.^

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Enfarte olímpico


- Põe pra fora! Põe! Puta que pariu!!!!!!!

- Este Juiz ta cego!??!?! Que caralho!

Nunca pensei que eu fosse ficar tão empolgada com um joguinho de vôlei!!! Após algumas madrugadas em claro acompanhando as olimpíadas, confesso que esta madrugada foi emocionante. A seleção Brasileira perdeu da Rússia... Mas o jogo foi muito bom, com direito a set de 31 a 29, cada ponto suadissimo! Suadissimo pela Rússia que ganhou de 3 sets a 1. Não posso dizer que os juízes roubaram a nossa seleção, mas deixaram passar uns erros com a maior cara lavada, com direito a zilhões de palavrões e caretas impressionantes do Bernardinho. Estes pontos roubados com certeza influenciaram na nossa derrota, mas enfim o mais importante é que acompanhar os jogos de vôlei independentemente do Brasil estar em quadra é muito gostoso. O jogo entre Polônia e Servia também foi apertadíssimo e cá entre nós, quanto homem bonito neste esporte né?? Aiai Mariusz Wlazly camisa 10 da seleção polonesa... André Heller...Gustavo... Mauricio... ê Brasil...



Realmente lindos...
^.^

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Não leio veja também...

- Cara, eu não acredito!

- Que foi?

- Dá só uma lida aqui nessa matéria da Veja.

- Não posso.

- Como assim? Tá sem óculos?

- Pior. Tô com cérebro.

De Marconi Leal...

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Sobre Krauser e os Gays...

Num post anterior, eu coloquei trechos sobre a questão da legalidade do homossexualismo no país e não mencionei minhas reflexões a respeito. O ponto que mais me chamou a atenção nesta discussão é o que se pode hoje em dia apontar como efeitos naturais ou efeitos morais. Krause dá a entender que naturalizar o homossexualismo não é cientifico e sim ideológico, ideológico marxista. Pois bem, a consagração da família, a união homem e mulher também são ideológicas. A ciência prova que a procriação acontece pela união de gametas masculinos e femininos, mas isso não quer dizer que a relação social existente entre homens e mulheres deva ser como nós conhecemos. Talvez seja fato que a biologia esteja completamente entrelaçada aos nossos hábitos e relações sociais, mas também é fato que somos seres em evolução e podemos desconstruir estas relações e criar novas relações. Essa questão sobre opção sexual transcende ao ato de procriação, pois estamos falando de valores morais socialmente construídos, assim como no Feminismo discutimos a tal sociedade patriarcal vigente, temos que ter bem claro que há uma infinidade de contradições como, por exemplo, questionar o modelo familiar burguês e termos casais Gays almejando casar-se sobre a benção de deus, ter sua própria família e filhos, reproduzindo a lógica que tanto questionamos. Quantas vezes eu já participei de diálogos ferrenhos sobre o tal amor livre, sobre a opção de ser monogâmico, poligâmico, hetero, homo ou bi, enfim, a questão maior é identificar o que está por trás destas discussões, identificar se estamos só lutando por um simples direito, se estamos lutando contra ou reproduzindo este sistema excludente e opressor. Temos no artigo de Krauser, bem claro, que todos os cidadãos que não toleram o homossexualismo serão submetidos a engolir seus preconceitos e se controlar para não ir para cadeia. Não é questão de se controlar e sim de questionar os valores envolvidos de ambos os lados. Acho engraçado todo este jogo de valores e me pergunto varias vezes se a ideologia marxista pode estar intrinsecamente relacionada à naturalização da livre opção sexual, pois acabo de lembrar-me de alguns colegas que são da juventude pastoral e se dizem marxistas porem tem dificuldades em lidar com toda esta questão de liberdade sexual.

Mais uma reflexão... Me preocupo muito com o nicho de mercado que o publico gay vem se tornando e faço um paralelo com a falsa liberdade de expressão que se construiu após o regime ditatorial, onde temos uma banalização do “fale o que quiser” como uma ferramenta de despolitização e alienação, principalmente da juventude. Ter a liberdade para expressar a sexualidade não pode ser confundida com a liberdade para ser o maior e mais novo publico consumidor pró-capitalismo, saindo da marginalidade e indo rumo a mercantilização assim como ocorreu com as mulheres: buscamos tanto a liberdade para acabarmos com a bunda estampada num anuncio de cerveja...

Puta que pariu...


Rir pra não chorar

– Conta, vai!... Conta a história do Brasil!
– Eu não, eu não sou masoquista!


“Auto dos 99 por cento” – Peça teatral do Centro
Popular de Cultura da UNE – Anos 60


Vidinha social

Tento fazer desse lugar o meu lugar
Ao menos por enquanto
Enquanto isso durar
O que me separa de você agora
Um avião, um oceano, outros planos
E muitos enganos (Zélia Duncan)


Já fui uma mocinha bem mais educadinha e agradável.
Todas ás vezes que penso sobre isso, constato que aqui não é o meu lugar e muito menos aí.

Mmmmmmm


A direita me assusta

Ops, errei... Seria o profissional de Direito me assusta. ^.^
Estava navegando sem rumo na internet e me deparei com uma discussão ocorrida no Jus Navigandi, onde Krause publica em dezembro de 2006 "Projeto de Lei nº 5003-b/2001 (crimes de homofobia): a lei da mordaça gay, os superdireitos gays, inconstitucionalidade e totalitarismo" e Paulo Vecchiatti faz uma réplica educadamente pautando o lamentável equivoco juridico. E voce pode estar me perguntando: e daí? Eu me perguntei por horas sobre diversas coisas... ufi ufi *.*

"O que está por trás realmente do projeto de lei de homofobia é a tentativa de impor a todos o dogma da moralidade ou naturalidade do homossexualismo, que não é científico, mas de origem ideológica, marxista, tornando-se penalmente punível a contestação a essa pretensa verdade. Nada mais truculento. Nada mais inadmissível. Trata-se de evidente policiamento ideológico. .... Por certo, a lei não poderia obrigar quem quer que fosse a aceitar o dogma da infalibilidade papal. Todavia, almeja-se impor aos brasileiros o dogma da infalibilidade de Erich Fromm e Herbert Marcuse." (Paul Medeiros Krause na tréplica)

“todos aqueles que não se conformam com comportamentos homossexuais, deverão silenciar ou preparar-se para ocupar uma cela em algum presídio do país." (Dom Rizzato citado por Krause)


estado totalitário marxista? o.O

Alguns...

Quantas vezes eu já pensei e resmunguei sobre a tal cadernetinha que eu deveria ter pendurada no pescoço e a falta gigantesca de iniciativa ou talvez coragem pra tê-la. Certamente alguém ao ler isso, de primeira imagina que eu deva ser uma mocinha de pouca memória, mas para mim a falta de memória é simplesmente pouca vontade de lembrar, pois o que é importante para mim eu jamais esqueço. Mas a cadernetinha me faz muita falta nos momentos poéticos e filosóficos que me pegam sempre desprovida de qualquer papel e caneta e infelizmente não consigo guardar as minhas filosoféias na integra, lamentável... Apesar de que quando tenho como anotar, anoto em qualquer canto e depois perco, que porca miséria!!!!!! Acho engraçado quando vou estudar, pois sempre encontro diversas anotações nos cantinhos, margens e até mesmo no meio dos conteúdos da aula. As anotações são ricas em piadinhas, desenhos, reflexões e sempre, como sempre notas sobre o que lembrar de ler, pesquisar, etc. Lógico que sempre tem estrofes perdidas, são tantas que até pensei em juntar todas para quem sabe surpreender-me com uma fabulosa epopéia poética. =) Só lembrei desta minha falta de organização com minhas produções intelectuais porque hoje ao organizar alguns papéis achei uns rabiscos confusos e gostaria muito de lembrar o que estava havendo comigo no momento que os rabisquei. Certamente mais uma crise jovem modernista insignificante...



Quando criança imaginava que tudo se resolveria com um presidente de bom coração, na época não sabia o que era direita ou esquerda, nem o que era capitalismo. Sempre acreditei naquela estrelinha vermelhinha que o meu pai carregava no peito.

A política é só um instrumento que surgiu para evitar guerras. Uma pessoa de bom coração no comando de um Estado só pode amenizar os impactos da incontrolável evolução do capitalismo.

Dizem que o capitalismo é a transição necessária para o um comunismo, que a busca interior do ser humano é o bem estar coletivo, que o capital terá sua crise e abrirá espaço para a ascensão das massas populares... Mas existe crise para o capital?

o.O

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Que breu foi esse?

No fim do dia caiu uma chuva... Daquelas com direito a vendaval, granizo e apagão!!!Enquanto meu pai sinfoniava sucegadamente o seu ronco, nós estávamos de castigo num breu danado na sala. Não havia um ponto de luz em todo o quarteirão e minha mãe relembrava a infância vivida no breu do agreste enquanto minha cunhada reclamava de como somos dependentes da eletricidade. A discussão foi formidável e foi um ótimo momento para relembrarmos fatos engraçados do passado. Enquanto minha mãe contava sobre as noites sob a luz do lampião na varanda da velha casinha na Malhada, eu resgatava mentalmente minha vivencia no norte da Bahia, mas exatamente na casa do Seu Cizinho onde ainda não havia energia elétrica, porém sobrava alegria apesar de toda simplicidade da vida sertaneja. Quando sai de lá estava prestes a chegar o programa “Luz para todos” e juro que aquilo me deixou triste, pois apesar da eletricidade trazer alguns benefícios, também trás consigo um mal chamado televisão (rede grobo! record! silvinho santos! rsrr). Imagino que aquelas boas conversas no fim da tarde, com histórias, piadas e um pouco de discussão sobre a política local não existam mais, é provável que ao invés disso todos por lá estejam assistindo as novelas e tendo suas vidas invadidas por desejos e fetiches incompatíveis com suas condições sociais.E a chuva por aqui continua... E por lá? Como estará o nosso sertão alumiado? E sinhô!
^.^

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Esquina paranóia delirante...
Estranho como os diversos mundos se fudem, se trombam, se esbarram e tudo passa ser tão normal que engolimos a rotina urbanóide temperada de indiferenças. Quem poderia contemplar uma flor numa esquina cinza na metrópole do Brasil?
Quando encontro a resposta deixo de engolir a rotina...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Crise da madrugada

Conversando com o Guto...

Guto diz:
E além de ler...
Guto diz:
De que mais gosta?
Mi... diz:
não sei..
Mi... diz:
as coisas acontecem na vida, e vou levando. as vezes duvido que faço as coisas porque gosto e sim porque estão ali pra serem feitas e pronto.
Guto diz:
E qual foi a última que fez?
Mi... diz:
não lembro...
Guto diz:
Faz tanto tempo assim?
Mi... diz:
não sei.
Guto diz:
Então tá.
Mi... diz:
tudo é pra ser feito entende... até sair de casa, acho que não saio porque gosto, saio porque só restou isso.
Guto diz:
Estou tentando entender o que vc quer dizer...
Mi... diz:
tipo..assistir um filme... não sei se é porque gosto ou se porque está ali... a ser feito porque não a nada mais a fazer.
Guto diz:
E por que não há nada mais a fazer?
Guto diz:
É uma espécie de fatalismo, é isso?
Mi... diz:
sei lá. não estou vendo a minha vontade expressa nas coisa que faço ultimamene.
Guto diz:
Ah, acho que estou entendendo agora.

...

Guto diz:
Eu acho que o que vc tem é síndrome de fim de curso.
Mi... diz:
será??

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Os dias passam e ainda lembro daquele mar
Azul, tão lindo e vivo como seus olhos
A me guiarem pelo céu tingido de tons azuis e grenás
Os dias passam e não esqueço daquele mar
Todo fim de tarde sereno e lindo
E meu olhar se perdia no horizonte, lá bem longe
Aonde se vai um pescador...