sexta-feira, 18 de abril de 2008

Brasil de fato

Os indiferentes me irritam, mas meu desejo por mudanças me torna paciente.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

domingo, 13 de abril de 2008

Saudade

A saudade é assim: dói, dói... :(

Involuntário o coração aqui está a bater,
nada que uma cerveja não tente distrair,
um gole, dois goles... Uma lágrima faceira escorrega...
Danada! Fugiu do olho, deslizou pela face e salgou os lábios.
Nada que uma cerveja não distraia numa noite quente e lágrimas.
Involuntário... a bater e dói, dói...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Filosoféia


" a piração não compartilhada se torna um peso"

Seduzir e ser seduzida pelo que é belo, fantastico e natural... Degustar , experimentar, apreciar as caracteristicas, as qualidades que nos é ofertado. Sobrepor a moral... A nossa moral... Aquela ali dentro... cravada. Ser honesto com o "eu".
(M.Luz)

terça-feira, 8 de abril de 2008

Quadrilha


João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.


Não sei ao certo quantos botões existem cá em minha cabeça, mas vira e meche gosto de usá-los, prosear com meus botões! A pauta destas prosas tão loucas com meus botões são sempre intensas, extensas e complicadas. Fico a desconfiar se são tudo isso mesmo ou se tenho o dom, ou seria a arte!!!?? Sim, desconfio que tenho a arte de complicar o descomplicado e o que parece complicado para outros são realmente tão simples para mim... As informações que chegam, costumo digeri-las muito bem, ás vezes nem sobra nada, muito menos conclusão, desaparecem com um simples apertar da descarga! A descarga do banheiro?? Do vaso sanitário? Hehehehe A minha descarga cerebral! Nossa quanta groselha! Seria o mundo de metáforas que gosto muito de utilizar!? Existem pessoas que só sabem falar sério e dar exemplos muito reais para tudo! Eu não consigo, meu mundo é feito de comparações simples e metáforas que somente eu entendo, eu acho... Mas voltando aos botões, estava cá a pensar com eles sobre a teia da vida e me deparei com um escrito de Drummond chamado Quadrilha que representa a dança da vida bem como ela é, cheia de desencontros, encontros inesperados e muitos nem imaginados ou premeditados. Drummond deixa claro que nem sempre tudo (na vida) é como queremos, numa dança das relações (a quadrilha!! Que não é de bandidos viu!?), neste caso amorosas, mas que vão além do “amava”. Ahh Lili, essa sim muito esperta, não amava, opa!, diria que a única que não assumiu nada e chegou aonde queria, se era isso que ela realmente queria. Gente! Como é louco ficar analisando poesias! Mas como cantava Cazuza: O tempo não para! Não para! E com isso traçamos a linha da vida cheia de esperanças, angustias e conflitos. E por que não alegrias e realizações?! Creio que ainda estou aprendendo a dançar a quadrilha da vida. Primeiro eu sempre odiei aquelas quadrilhas nos tempos de festas juninas, lembro-me da minha primeira dança... eu estava vestida de noivinha caipira, banguela e com uma franja horrorosa! Lembrança terrivelmente engraçada. Mas enfim, a vida é uma dança que nem sempre podemos escolher a música, mas podemos criar a coreografia!!!!! É assim que vai se dando a prosa com meus botões...


Em latim!

lohannes ardebat Theresiam quae ardebat Raymundum
qui ardebat Mariam quae ardebat loachim qui.ardebat Lilim
quae ardebat neminem.
lohannes ad Status Foederatos fecit iter, Theresia ad claustrum,
Raymundus fatali obiit casu, Maria vitam vixit virgo,
loachim propria se interfecit manu atque Lilim sibi iunxit J. Pinto Fernandes
qui fabellam non ingressus fuerat.

sábado, 5 de abril de 2008

Sereia, amor d'agua

Tenho tua palma na alma da mão

Tenho tua mão no meu corpo, no chão

Tenho teu corpo e a tua maldição

Na mão e na calma da intuição

Quero esse simples teu livre de ser

Quero esse livre tão simples de ver

Quero te ver em ter livre e tecer

Teu antes, teu hoje e teu simples viver


Musica lindamente na voz de Cibelle
e a versão produzida por Suba.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Uma sexta-feira especial


Certo dia fui matar a saudade das poesias de Manuel Bandeira, lembrei das aulas de literatura... Das coisinhas que aprendi no colégio, a que mais gostei foi a bendita literatura! Bandeira é autor daquela coaxada que deu o ponta pé no Movimento Modernista, da poesia Os sapos lida por Ronald de Carvalho durante a grandiosa Semana da Arte Moderna em 1922, que ilustra muito bem o tom zombeteiro e piadista valorizado nesta época e que arrepiou a velha burguesia cafeicultora paulistana!!! Mas voltando ao lado poético da coisa... As poesias de Bandeira atravessaram todo o período modernista recheado de lirismo cotidiano...

... Esse nome de Pasárgada, suscitou na minha imaginação uma paisagem fabulosa, um país de delícias...

Como sempre já me surgiu filosoféias na cabeça e mandei para o Primu Léo que postou meu singelo texto em seu flog. Tenho que admitir, o Léo foi quem sem querer me incentivou a ter um blog e após um ano aqui estou! Após um ano?!?! Sim, estou bem aqui postando minhas groselhas e minhas fotos nada profissionais.


Vou me embora pra Pasárgada **Poema


Num grande dia de tédio e solidão, um amigo gritou: Vou-me embora!!

Mas pra onde Manuel?

Coitado de meu amigo Manuel! Fez de sua doença uma clausura. Achava que a qualquer instante estaria a falar com São Pedro na porta do céu. Mas será que ele iria pra lá?? Enfim, o danado viveu até os 80 anos. Deixou de viver um grande amor e constituir família. Viveu na sombra da morte que tardou a lhe visitar.

Pasargada significa "campos dos persas" ou "tesouro dos persas".

Manuel sonhava com um país de delicias onde faria e teria tudo. Seria jovem novamente. Eu não vou cometer o erro de meu amigo Manuel. Ninguém deve cometer! Não quero ir até Pasargada ser amigo de Rei droga nenhuma!!! Eu quero ser feliz aqui e agora! O sonho é o alimento da alma, mas nada nos impede de tornar parte dele realidade. A arte da vida é certamente procurar em nosso dia a dia os fragmentos da felicidade.

Posso lhe contar um segredo??

Pasárgada esta dentro de nós!

Homenagem ao meu caro Manuel Bandeira.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Rosa De Sol

Rosa de sol é girassol
Rosa de mar é margarida
Roda da vida é bem me quer
É mal me quer é boa noite
É bom dia e onze horas

Luz a pino na estrada
Por onde caminhamos
Eu caminho pelo rastro dos jardins
Onde as estrelas deixam no amanhecer
Orvalho morno, salutar augúrio
Aguando o solo do coração
E o meu coração é o girassol e margarida
Sol e mar na terra virgem

**Carlos moura

No caminho das flores...


Nasci na estação mais bela do ano: a primavera. Apesar de estar num país tropical onde podemos encontrar diversos focos de fauna e flora, com flores que surgem colorindo diversas estações, eu nasci numa primavera cinzenta. Nasci numa cidade grande onde a cor das estações são predominantemente cinzas, o céu nem tão azul, o escuro do asfalto... Nasci numa primavera e nem soube se houve flores. Alias, cresci sem me dar conta disso, sem me dar conta como as flores são importantes. As flores sempre estiveram presentes em minha vida, pois meu pai sempre surgia com flores em casa nas datas especiais como, por exemplo, no domingo das mães. Sempre achei que flores fosse um ótimo presente, principalmente se fossem rosas amarelas. Apesar de rosas vermelhas serem um sucesso, nunca me despertaram atenção alguma. No caminho da escola existiam, acho que devem existir ainda, Ipês que esbanjavam flores que formavam tapetes rosas e amarelos, que com o vento e a chuva irritavam donas de casa que viam neste processo lindo da natureza uma promissora sujeira nos quintais... Ipês tão lindos, com raízes que levantavam o calçamento... As raízes se sufocavam.... Por que as calçadas eram tão pequenas? Ou eram as árvores que cresciam demais?

Você não sabe o que é um Ipê?