sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Muita náusea pouca flor
mundo sufocante
mercadoria, tudo é
sim,nada além consumo
angústia,existência inútil e insignificante,
náusea, o mal-estar..
clausura sócio-existencial
cadê uma saída?
Não há idealismo, muito menos alienação
não tenho capacidade pra isso
não fantasio mudanças, mas...
ela de fato está para ocorrer
nuvens avolumam-se e as galinhas agitam-se.
a rosa está a nascer,
desabrochando um mundo novo,
grande motivo pra viver
neste mar de desencanto.
O mundo realmente me fascina, o ser humano me desencanta.
M.A.Luz.
A FLOR E A NÁUSEA
Preso à minha classe e a algumas roupas,
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?
Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.
Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.
Uma flor nasceu na rua!
Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
E soletram o mundo, sabendo que o perdem.
Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.
Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou a poucos uma esperança mínima.
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.
Poisé... Drummond
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?
Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.
Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.
Uma flor nasceu na rua!
Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
E soletram o mundo, sabendo que o perdem.
Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.
Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou a poucos uma esperança mínima.
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.
Poisé... Drummond
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
A hora do tchau
Hoje, somente hoje percebemos que um dia vamos embora.
Hoje percebemos que durante tanto tempo construímos
várias coisas juntas e nunca conversamos sobre nós.
Não há problemas, logo menos estaremos aqui...
^.^
sábado, 6 de setembro de 2008
A alma e a matéria
""...pode parar com essa historia... e além disso prestei bem atenção em tudo que o senhor disse. Na verdade neste exato momento sinto uma imensa vergonha, nem sei o motivo e acho q nem deveria...mas é incontrolável. Não quero disputar contigo qualquer ideia de classe ou consciencia. Onde estaria a graça em tudo isso se não houvesse o calor de uma discussão? Acho que tenho vontade de lhe beijar...""
A Alma E A Matéria
Procuro nas coisas vagas ciência
Eu movo dezenas de músculos para sorrir
Nos poros a contrair, nas pétalas do jasmim
Com a brisa que vem roçar da outra margem do mar
Procuro na paisagem cadência
Os átomos coreografam a grama do chão
Na pele braile pra ler na superfície de mim
Milímetros de prazer, quilômetros de paixão
Vem pra esse mundo, Deus quer nascer
Há algo invisível e encantado entre eu e você
E a alma aproveita pra ser a matéria e viver
Composição: Carlinhos Brown, Marisa Monte, Arnaldo Antunes
Alice?
É tudo azul. Uma imensidão.
Ao longo do caminho surge um ladrilho colorido. Já sinto o aroma das flores que me aguardam lá do outro lado, do lado de lá! Cantarolo uma musica que não sei a letra. Olho par atrás e vejo pegadas. Andei tanto. OH! Quanto eu já havia caminhado? O imenso azul não acaba. Eu sinto aroma de flores! Mas as flores não chegam. Eu cantarolo. Sinto-me cansada e o meu corpo não para! Rodopia! Rodopia!
Stop baby! O ladrilho colorido enfim acabou, uma porta amarela. Um gatinho mia, alvo com um flóquinho de neve. Espere! Eu nunca vi a neve??!! Hum, é um gatinho branco como leite gelado. Ai que fome. O gatinho com a delicada patinha tenta em vão empurrar a porta. Retiro uma chave do bolso. Agora me vejo linda num vestido lilás. Penso: cadê as flores? Abro a porta e o gatinho vupt!
Preciso parar com esta mania de sonhar acordada...
Ao longo do caminho surge um ladrilho colorido. Já sinto o aroma das flores que me aguardam lá do outro lado, do lado de lá! Cantarolo uma musica que não sei a letra. Olho par atrás e vejo pegadas. Andei tanto. OH! Quanto eu já havia caminhado? O imenso azul não acaba. Eu sinto aroma de flores! Mas as flores não chegam. Eu cantarolo. Sinto-me cansada e o meu corpo não para! Rodopia! Rodopia!
Stop baby! O ladrilho colorido enfim acabou, uma porta amarela. Um gatinho mia, alvo com um flóquinho de neve. Espere! Eu nunca vi a neve??!! Hum, é um gatinho branco como leite gelado. Ai que fome. O gatinho com a delicada patinha tenta em vão empurrar a porta. Retiro uma chave do bolso. Agora me vejo linda num vestido lilás. Penso: cadê as flores? Abro a porta e o gatinho vupt!
Preciso parar com esta mania de sonhar acordada...
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Somente amigos
Éramos somente amigos^.^
eu na minha, você na sua
nós em nossas conversas
uma solteira destransbelhada
um namorado em crise
éramos somente amigos
eu politica, você futebol
nós em nossas cervejas
eu em viagens, você no trabalho
eu amigas, você namorada
nós em nossas saudades
éramos somente amigos
eu tão up, você tão down
nós em nossas risadas
eu sim e voce porque não?
nós em nossos olhares
éramos somente amigos
eu lua, você noite fria
cerveja, risadas, saudade
nós e nossos beijos
porque somos somente amigos
E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
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