quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Então é natal...

Organiza o Natal



Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de 10 meses; imperfeitamente embora, o resto é Natal. É possível que, com o tempo, essa divisão se inverta: 10 meses de Natal e 2 meses de ano vulgarmente dito. E não parece absurdo imaginar que, pelo desenvolvimento da linha, e pela melhoria do homem, o ano inteiro se converta em Natal, abolindo-se a era civil, com suas obrigações enfadonhas ou malignas. Será bom.

Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite, de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à cortina de nylon — sem cortinas. Governo e oposição, neutros, super e subdesenvolvidos, marcianos, bichos, plantas entrarão em regime de fraternidade. Os objetos se impregnarão de espírito natalino, e veremos o desenho animado, reino da crueldade, transposto para o reino do amor: a máquina de lavar roupa abraçada ao flamboyant, núpcias da flauta e do ovo, a betoneira com o sagüi ou com o vestido de baile. E o supra-realismo, justificado espiritualmente, será uma chave para o mundo.

Completado o ciclo histórico, os bens serão repartidos por si mesmos entre nossos irmãos, isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e alma. Não haverá mais cartas de cobrança, de descompostura nem de suicídio. O correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais de Chagall, em que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores; toda pintura, inclusive o borrão, estará a serviço do entendimento afetuoso. A crítica de arte se dissolverá jovialmente, a menos que prefira tomar a forma de um sininho cristalino, a badalar sem erudição nem pretensão, celebrando o Advento.

A poesia escrita se identificará com o perfume das moitas antes do amanhecer, despojando-se do uso do som. Para que livros? perguntará um anjo e, sorrindo, mostrará a terra impressa com as tintas do sol e das galáxias, aberta à maneira de um livro.

A música permanecerá a mesma, tal qual Palestrina e Mozart a deixaram; equívocos e divertimentos musicais serão arquivados, sem humilhação para ninguém.

Com economia para os povos desaparecerão suavemente classes armadas e semi-armadas, repartições arrecadadoras, polícia e fiscais de toda espécie. Uma palavra será descoberta no dicionário: paz.

O trabalho deixará de ser imposição para constituir o sentido natural da vida, sob a jurisdição desses incansáveis trabalhadores, que são os lírios do campo. Salário de cada um: a alegria que tiver merecido. Nem juntas de conciliação nem tribunais de justiça, pois tudo estará conciliado na ordem do amor.

Todo mundo se rirá do dinheiro e das arcas que o guardavam, e que passarão a depósito de doces, para visitas. Haverá dois jardins para cada habitante, um exterior, outro interior, comunicando-se por um atalho invisível.

A morte não será procurada nem esquivada, e o homem compreenderá a existência da noite, como já compreendera a da manhã.

O mundo será administrado exclusivamente pelas crianças, e elas farão o que bem entenderem das restantes instituições caducas, a Universidade inclusive.

E será Natal para sempre.

Carlos Drummond de Andrade

¬.¬'


Renovar é preciso!

Renovar é preciso!
O Universo é puro movimento e está em constante renovação. Na natureza tudo se renova cada instante. Esta é a lei! O princípio da renovação obedece a lei natural da vida.Estamos todos e tudo em constante movimento e mudanças, apesar de existir entre os seres humanos ainda pessoas que são resistentes a mudanças e que se colocam contra as leis da natureza e escolhem permanecerem na estagnação. A vida é uma via de acesso para o crescimento e evolução das espécies, em especial ao reino Humano, o Universo sempre dispõe de meios que promovem e nos auxiliam no processo de crescimento e evolução.Situações surgem a todos os instantes provendo oportunidades a todos. Precisamos tomar decisões e termos coragem de ir à luta e parar de esperar a felicidade sem esforços.Não exigirmos das outras pessoas aquilo que muitas vezes não fazemos. Precisamos deixar de lado as críticas, investirmos sério no nosso trabalho em prol do nosso crescimento e realização para podermos ser felizes e também proporcionarmos felicidade ao mundo, não esquecendo que todas as oportunidades nos são dadas pelo Universo.Vamos agradecer pela vida e tudo que temos na vida. Tudo mesmo! Até mesmo as dificuldades e adversidades que se apresentam, que nada mais são do que as grandes oportunidades de testarmos o quanto somos capazes.Ninguém pode avançar em direção ao novo se permanece obstruído, contaminado pelo velho e não se dá chance.

Veja a mudança como um degrau a mais na escada que você sobe na vida.

(Autor desconhecido).


FELIZ NATAL, muita paz, alegrias.... e amor, porque sem amor não há mudança!

^.^


quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Véspera...

Véspera... depois de tanta chuva, um belo dia de sol.
Só,todos estão a kilometros de mim.A cadela acabará nua, seus pelos caem demais, não sei se é a fase ou se é estresse, coitadinha! Está se sentindo sozinha. Neste belo dia de sol só me restou faxinar a casa, me livrar dos pelos da cadela que estão por toda parte, lavar o quintal, lavar um tantão de roupas e lógicamente dar um belo banho na pulguentinha!
Será meu primeiro natal sem nada, sem comidinhas, sem bebidinhas, sem docinhos...sem mãe!!! Ai minha mãe, saudadinha da véia...tá! tá! não é véia, é mami linda! hehehe

Que venha mais um natal, uma noite qualquer.

Fim de tarde: chuva braba!!

não me recordo de alguma noite de natal sem a chuvinha...
.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Quanta água

São Paulo então encheu. As águas que derramavam do céu sem dó e nem piedade fez de algumas ruas da cidade imensos piscinões barrentos e cheios de lixo. Carros submersos e gente com agua pela cintura. Um evento tipico de verão e sem nenhuma novidade. Quantas vezes será necessário lembra-los que o homem não manda na natureza, na verdadeira. O homem, sabemos bem, possui o dom de transformar, através de seu trabalho, a natureza em coisas de valor. O problema é que além de sair transformando tudo por aí, anda ocupando espaço demais.


Aqui plantamos e aqui estamos colhendo.


Quer saber?


Infelizmente os homens não podem controlar tudo.


E dá-lhe São Pedro!!! Adoro chuva...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Bom dia

Acordei com a voz do Cazuza na cabeça, vim cantarolando e deu nisso:

Bom dia amor,
preciso tanto lhe falar da vida,
das flores, do sol e da melodia
que tocara na hora de sua partida.

Choro ao lembrar do seu olhar a inundar,
das lágrimas a deslizarem
e aguando o meu vaso florido,
deste meu meu jardim tão colorido
que cuido esperando por você.

Bom dia amor,
deixaremos de falar sobre a vida
vamos curtir a nossa sintonia e
apreciar a flor e o calor do sol.

Vem cá amor
hoje acordei com alegria,
por momento esqueci que voce partira,
aprecio as flores que voce me deixou...


A musica inspiradora com o grande Cartola:




Menininha tão bela
num sorriso um mar...
de saudade, não chora
outrora ele há de chegar
Menininha faceira
pézinhos desenhando...
na areia, não chora
a solidão que lampeja
em finas nuvens vão embora
Oh menininha...


Menininha tão bela
em seu sorriso vejo o mar

=)

Uma fruta verde...

Ele diz:

...fico me perguntando se ainda vou ter a oportunidade de conversar com a Michelezinha madura...

Eu digo:
cada qual com seu tempo, não atropelarei o meu.


Afinal, o que seria maturidade?
A unica que conheço é a maturidade fisiológica que aprendi na aula de tecnologia de sementes. Risos.


Algumas frases sobre...


"A verdadeira maturidade é atingir a seriedade de uma criança brincando." (Søren Kierkegaard)

"A maturidade do homem consiste em haver reencontrado a seriedade que tinha no jogo quando era criança." (Friedrich Nietzsche)

"O ser capaz de viver em paz e tranqüilidade durante algum tempo é testemunho de maturidade." (Irvine Page)

"A maturidade não passa de um longo percurso durante o qual se diz o que não deveria dizer-se. É isso precisamente a arte da conversação." (Oscar Wilde)

"Chega uma época em que nos damos conta de que tudo o que fazemos se transformará em lembrança um dia. É a maturidade. Para alcançá-la, é preciso justamente já ter lembranças." (Cesare Pavese)

"Agora, em pleno ciclo da maturidade, percebi que as mudanças se processam lentamente e a gente vai se transformando com naturalidade, quase sem se dar conta." (Arlete Salles)

"O primeiro sinal de maturidade é descobrir que o botão de volume também vira para a esquerda." (Jerry M. Wright)

"Um dia você aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou." (William Shakespeare)

"A maturidade começa quando estamos... Para sentir que estamos certos de alguma coisa, sem sentir a necessidade de provar que outra pessoa está errada." (Sidney J. Harris)

"A mulher chega à maturidade quando seus sapatos começam a incomodá-la mais do que os homens." (Aldo Cammarota)

"Um dos maiores ganhos da maturidade é a perda dos medos juvenis. Os problemas continuam existindo, mas são mais fáceis de serem contornados." (Maria Tereza Maldonado)

"Sua maturidade começa a crescer quando você começa a perceber que sua preocupação com os outros é maior que com si mesmo." (John MacNaughton)

"Na juventude, aprendemos; na maturidade, compreendemos."
(Marie von Ebner-Eschenbach)

"Errar é humano, tropeçar é comum. Ser capaz de rir de si mesmo é maturidade." (William Arthur Ward)

"A maturidade só chega quando se perdoa os pais." (Bertrand Russell)

"Maturidade é quando a ansiedade é menos ansiosa." (Fafá de Belém)

"A juventude é uma conquista da maturidade." (Jean Cocteau)

"Maturidade: Assumir a liberdade." (Herminio Castella)

=)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Tá bunitinho, não!?

Hoje acordei meio patriota, apesar de não concordar com este sentimento idiota, pois tenho em mim a busca pelo internacionalismo, fica difícil evitar um rancorzinho, que sobe bem aqui, pela garganta... Um rancorzinho em relação è superioridade que algumas nações teimam em exercer. Sim! Eu me refiro aos paisinhos de primeiro mundo. Sei bem que partes das nações não concordam com este negócio todo, sei bem que existem movimentos, de alguma forma sociais, por lá também. Mas deixando tudo isso pra lá e voltando ao motivo do post né! Affe , pois então, hoje acordei meio patriota, cantando até um sambinha e com vontade de ver fotos do meu brasilsão. Por fim, acabei mudando a cara do blog!!! Uma cara mais nacional. huahahua

Acho que ficou mais bunitinho!

>.<

O Chão de paineira

Eu fiquei olhando a dança das flores
Ao se despencarem de uma paineira.
O vento soprando o bailado das cores,
O chão perfumado de flores inteiras.
E o povo pisando, sem nem perceber,
O tapete lilás de flores caídas.
Só eu escutava o triste gemer
Das flores, o lamento num resto de vida.
E, quase chorando em rimas singelas,
Então comparei a morte das flores,
Ao se soltarem na queda certeira
De um galho tão alto, tão ricas, tão belas,
Com o tempo que passa matando os amores
E a alma pisada é o chão da paineira.

de José Gilberto Gaspar poeta, compositor e contador de casos.

Extraído de seu livro Nos Braços do Sol, São Paulo, Edix, 1997 (p. 76).

^.^

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A Crise...começando a digerir


"...o capital tende a criar as condições sociais que conduzem a crises cada vez mais agudas, levando a um processo de crescente desumanização, caos social e “barbarização”
.( M.A.T. Soares) Não é novidade...

O que vemos? Até o momento bancos grandes comendo bancos pequenos, Itaú e Unibanco se fundindo pra fuder mais, aqui o governo jorrando grana para o setor automobilistico e lá os americanos injetando dólar pra todo lado, muita gente querendo gastar como sempre e o setor financeiro fazendo firula pra não ceder créditos... Obama dará jeito nisso?

“não são nada mais do que soluções momentâneas e violentas das contradições existentes, erupções bruscas que restauram transitoriamente o equilíbrio desfeito” poisé, tio Marx....

^.^

Lá vem o EIV Botucas....

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

de pés no chão...

de pés no chão...


Eu nasci descalça
Pra que tanta pergunta? (Rita Lee)








Em casa...

De volta a minha casa.
Nunca pensei nisso...
sempre achei que minha casa fosse o mundo.
Sempre andei por aí e nunca me dei conta
sinto necessidade de um canto, canto meu
Sinto falta de casa.


sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Se passaram 30 dias...


As horas que nós trabalhadores perdemos no trajeto casa-trabalho-casa não estão incluídas na folha de pagamento. Nenhuma novidade !!!

Hoje completam 30 dias longe da mamãe, longe do meu edredom, longe das minhas flores... Longe de tudo! E tão perto do transito, tão perto da poluição, pertíssimo do estresse que circula por todos os cantos congestionantes desta metrópole. Perco em média 4 horas do meu dia no trajeto casa-trabalho... ops... estágio. Apesar de tudo, uma iniciativa cultural da empresa de transporte coletivo que venho utilizando me proporcionou um encontro matinal com uma poesia, singela e simples fixada no vidro:


As Coisas

O encanto
sobrenatural
que há
nas coisas da Natureza!
No entanto, amiga,
se nelas algo te dá
encanto ou medo,
não me digas que seja feia
ou má,
é, acaso, singular...
E deixa-me dizer-te em segredo
um dos grandes segredos do mundo:
- é simplesmente porque
não houve nunca quem lhes desse ao menos
um segundo
olhar!

(Mário Quintana)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Muita náusea pouca flor


mundo sufocante

mercadoria, tudo é
sim,nada além consumo

angústia,existência inútil e insignificante,
náusea, o mal-estar..

clausura sócio-existencial
cadê uma saída?
Não há idealismo, muito menos alienação
não tenho capacidade pra isso
não fantasio mudanças, mas...

ela de fato está para ocorrer
nuvens avolumam-se e as galinhas agitam-se.
a rosa está a nascer,
desabrochando um mundo novo,
grande motivo pra viver
neste mar de desencanto.

O mundo realmente me fascina, o ser humano me desencanta.

M.A.Luz.

A FLOR E A NÁUSEA

Preso à minha classe e a algumas roupas,
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?
Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.
Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.
Uma flor nasceu na rua!
Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
E soletram o mundo, sabendo que o perdem.
Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.
Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou a poucos uma esperança mínima.
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.

Poisé... Drummond

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A hora do tchau


Hoje, somente hoje percebemos que um dia vamos embora.

Hoje percebemos que durante tanto tempo construímos
várias coisas juntas e nunca conversamos sobre nós.

Não há problemas, logo menos estaremos aqui...

^.^


sábado, 6 de setembro de 2008

A alma e a matéria

""...pode parar com essa historia... e além disso prestei bem atenção em tudo que o senhor disse. Na verdade neste exato momento sinto uma imensa vergonha, nem sei o motivo e acho q nem deveria...mas é incontrolável. Não quero disputar contigo qualquer ideia de classe ou consciencia. Onde estaria a graça em tudo isso se não houvesse o calor de uma discussão? Acho que tenho vontade de lhe beijar...""

A Alma E A Matéria

Procuro nas coisas vagas ciência
Eu movo dezenas de músculos para sorrir
Nos poros a contrair, nas pétalas do jasmim
Com a brisa que vem roçar da outra margem do mar

Procuro na paisagem cadência
Os átomos coreografam a grama do chão
Na pele braile pra ler na superfície de mim
Milímetros de prazer, quilômetros de paixão

Vem pra esse mundo, Deus quer nascer
Há algo invisível e encantado entre eu e você
E a alma aproveita pra ser a matéria e viver

Composição: Carlinhos Brown, Marisa Monte, Arnaldo Antunes


Alice?


É tudo azul. Uma imensidão.
Ao longo do caminho surge um ladrilho colorido. Já sinto o aroma das flores que me aguardam lá do outro lado, do lado de lá! Cantarolo uma musica que não sei a letra. Olho par atrás e vejo pegadas. Andei tanto. OH! Quanto eu já havia caminhado? O imenso azul não acaba. Eu sinto aroma de flores! Mas as flores não chegam. Eu cantarolo. Sinto-me cansada e o meu corpo não para! Rodopia! Rodopia!
Stop baby! O ladrilho colorido enfim acabou, uma porta amarela. Um gatinho mia, alvo com um flóquinho de neve. Espere! Eu nunca vi a neve??!! Hum, é um gatinho branco como leite gelado. Ai que fome. O gatinho com a delicada patinha tenta em vão empurrar a porta. Retiro uma chave do bolso. Agora me vejo linda num vestido lilás. Penso: cadê as flores? Abro a porta e o gatinho vupt!

Preciso parar com esta mania de sonhar acordada...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Somente amigos

Éramos somente amigos
eu na minha, você na sua
nós em nossas conversas
uma solteira destransbelhada
um namorado em crise
éramos somente amigos
eu politica, você futebol
nós em nossas cervejas
eu em viagens, você no trabalho
eu amigas, você namorada
nós em nossas saudades
éramos somente amigos
eu tão up, você tão down
nós em nossas risadas
eu sim e voce porque não?
nós em nossos olhares
éramos somente amigos
eu lua, você noite fria
cerveja, risadas, saudade
nós e nossos beijos
porque somos somente amigos
^.^

E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Mulheres na luta


Para mudar a sociedade do jeito que a gente quer
participando sem medo de ser mulher


quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Na cidade cinza

Aqui estou, neste lado cinza do mundo. Por aqui o céu é menos azul e a poeira irrita meus olhos. Aqui não ouço espontaneamente os Bons dias e Boas tardes. Em breve terei que me acostumar novamente com tudo isto aqui. Me acostumar com o cinza. Me acostumar com os ataques de rinite. Me acostumar a não ver mais as flores. Sentirei saudades de minha bicicleta que tanto demorei a gostar. Nem fui ainda e já estou com saudade de tudo, saudade de tudo que aprendi a gostar, de tudo que aprendi a valorizar.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Pôr do sol

Vista da calçada de "mi casa".
25-09

Hoje falava-se por todos os cantos sobre as "duas luas" e em minha cabeça só restava o lindo pôr do sol que presenciei no fim de tarde desta segunda feira. Lembrei-me que hoje era aniversário de papai e ontem foi o de Léléu... Ahh primo Léo, fico feliz por voce estar tão radiante assim como aquele sol que se escondia ontem. Coisas simples da vida é isso, simples é os pensamentos que tomam conta da gente da cabeças aos pés como a bebida purpura do Dia do Curinga. Não poderia deixar de lembrar do poema Pôr do sol, não pude deixar de lembrar da resenha de João Salles sobre o lado simples da vida e as poesias de José Gilberto Gaspar. Por enquanto fiquemos com a poesia Pôr do Sol, em breve postarei as demais... todas maravilhosas que combinam muito bem com este meu espacinho virtual.

Depois de um dia de pesada lida,
Contemplo o entardecer e, realmente,
Morre a beleza deste sol poente,
No crepúsculo... a tarde esmaecida.
E o meu olhar se espraia molemente,
No horizonte, onde a barra é colorida.
E, na meditação mais comovida,
Minh’alma, agora em prece comovente,
Despede-se da tarde que termina.
Cânticos bíblicos da campina,
Assobia a codorninha escondida!
E, olhando no horizonte avermelhado,
Vejo do meu crepuscular passado
Um outro pôr-de-sol... É a minha vida.

Derradeira estação

Por aqui céu sempre azul
Sopros gelados anunciam o entardecer
O intenso calor do dia
Vento gelado da escuridão
Assim é o meu lugar
No caminho verdes pastos, pássaros avuados
Flores de todas as cores
O anuncio da bela estação
A Prima Vera está chegando
As nuvens carregadas são suas malas
A água desaba, umedece o solo
As sementinhas despertam do sono invernal
Em breve mais e mais flores
È a Prima Vera que chega
Derradeira estação.... logo mais o doce Verão.


Flores de agosto

Pela cidade nota-se flores distribuids ao longo do ano.... neste mês me deparei com ipês brancos, amarelos, carreiras lilázes de azaléias!!!Por aqui no meu quintal minhas rosas continuam a florescer. Nem fui e já sinto saudades =)

Meu caminho II

O destino é somente uma questão de escolha. Parece clichê, mas não deixa de ter lá sua razão, isso se não pensarmos que as escolhas são predestinadas. Alguns podem dizer que ter uma imensidão de caminhos, de escolhas é um privilégio neste mundo onde boa parte da população só tem uma única opção: a miséria. Agora, esta minha reflexão, é individualista, sem sobra de duvidas. Estou matutando sobre quais caminhos devo trilhar, em quais ônibus devo embarcar, a quem devo ligar e dizer: me espere pois estou chegando! È tudo uma questão de escolha e neste momento gostaria que só houvesse um caminho e pronto, para evitar um questionamento futuro: será que devia ser isso mesmo? Fiz a escolha certa? E se fosse a outra... e blá blá blá

^.^


Sempre indignada...

Como pode uma empresa que mais causa danos ambientais e sociais, aplicar capital em projetinhos sócio ambientais com a maior cara lavada e ainda por cima diz que quer incentivar uma agricultura mais sustentável??? "¬¬ Infelizmente a mídia não está nas mãos de quem deve. Sinto imensa raiva do curso de publicidade, um curso de graduação a serviço desta corja. céus! Uma ação nítida de compra da opinião publica para que suas ações sejam escondidas e que os movimentos sociais que tentam por a boca no trombone sejam vistos como loucos, arruaceiros... ahh terroristas.. céus! Uma agricultura sustentável a base de herbicidas, hormônios e sementes transgênicas!!? Sei...
Bom, de que raios estou falando?? Simples... marketing ambiental de grandes empresas que causam muito problemas... muitos... Vilões pagando de heróis.

Ps: não rola dar nome aos bois infelizmente. Uma dica: observe atentamente os rótulos dos alimentos e produtos de higiene e descobrirá muitos bois.

Contradições, crises e desafios

A contradição sem duvida é o que impulsiona alguma mudança de consciência, para que isso aconteça é necessário a chamada crise de consciência alimentada seja como for... pelo ódio, pela raiva, pela indignação, enfim...E é nessa parte que as pessoas procuram um caminho pra superar esta crise, normalmente se relacionando com outros seres humanos que compartilham das mesmas dores, das mesmas crises. O engajamento em movimentos sociais seja também qual for, pode provocar decepções que geralmente são ocasionados pela ansiedade em mudar o mundo deparado com as metodologias utilizadas, a burocracia e a lentidão dos processos. Mas aí que está, quando há decepção é porque faltou alguma coisinha na impulsão do processo de consciência, a desilusão só impregna nos corações daqueles que não tiveram elementos suficientes para entender que não temos todas as respostas e é necessário buscar os caminhos, pensar e por em práticas as respostas e mesmo dando errado, tentaremos outra vez, com outras perguntas e respostas. Como o tal “pensamento pedagógico” em crise, não há soluções pedagógicas se as mesmas não forem postas em prática e avaliadas continuamente, o que acontece muito é o choque entre visões de educação, e a resistência que muitos tem a experimentar essas novas formas de pensamento. E quando se pergunta como podemos repensar o papel da educação com um movimento social eu só tenho a dizer que isso deve se dar através dele e junto com ele. E cada movimento apesar das pautas especificas seja a luta por terra, emprego, teto, soberania, igualdade de raças, de gênero, etc atualmente todos debatem pautas que é de interesse geral como educação, saúde e soberania, através da luta proporcionam o avanço de consciência, pois o inimigo é um só, é o sistema excludente e explorador que deve ser superado para que todos alcancem suas pautas especificas. Ah, pensar o campo como agente revolucionário, não só! Não só! Unir campo e cidade... Este é desafio que foi lançado.

O desafio é acabar com a névoa que esconde as contradições....

Ps: reflexão sobre o Texto Levantados do Chão escrito pela Nat em O espetacular mente




domingo, 24 de agosto de 2008

Meu caminho


"Nada mais difícil, quando se procura um caminho, que descobrir se a força que nos empurra vem do desejo de fugir ou do desejo de buscar.
Talvez, em algum nível bem profundo, nem haja qualquer diferença entre esses desejos.”

"...E quem conhece sabe: o conhecimento não conforta; inquieta."
Geruza Zelnys


quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Papai...

Minha inspiração politica sempre esteve sob o mesmo teto: papai.

"Sou militante convicto e nunca exigi nada do partido. Militante que chama pra ele a bonificação da execução perde o meu respeito, militante que é militante simplesmente faz e nada pede em troca além da satisfação de estar fazendo o que acredita ser certo. Este aí já perdeu o meu voto."

Papai tascando o pau em certas pessoas do partido. Sem duvida, a construção coletiva é essencial, infelizmente sempre surge lideranças que são empossadas por N fatores e por deterem alguma qualidade especifica, seja o dom do discurso ou o dom da execução, de saber organizar a massa. Aonde papai queria chegar é que às vezes identificamos que a liderança não está ali para o coletivo e sim para satisfação pessoal, alimentando o ego, provando o gosto do sucesso, do poder, etc. Estes não são confiáveis... Podem mudar de partido a qualquer momento quando seus interesses pessoais não estão sendo concretizados.

Minha educação realmente vem de casa... Uma vida marx ^.^


domingo, 17 de agosto de 2008

Vinicius, mas não de Moraes

Porque era uma gota de orvalho
Tu era tão Vinicius, eu flor
Éramos musica, eu Elis
Lhe ouvi cantando baixinho
Eu dançava louca no corredor
O telefone às vezes tocava
Havia prantos embaixo de um cobertor
Tu era tão Vinicius, eu sua flor
Éramos musica, fui tão feliz
Mil motivos pra escrever
Nenhum motivo pra esquecer
Tu és meu Vinicius, eu sua flor.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Apego Material?

Com certeza uma vez por ano, ou às vezes mais, eu realizo o ritual “bota fora” que consiste em despachar para a reciclagem tudo que tem de inútil do meu quarto. Minha mãe está há dias no meu encalço como uma alma penada repetindo: Quando você vai organizar aquele quarto minha filha?!?! Eu espertamente fico empurrando com a barriga: Amanhã mãe, amanhã!

Ontem decidi iniciar o bota fora e comecei pelo guarda roupas e não consegui me livrar de muita coisa. Acontece que existem varias peças de roupa que não uso com toda certeza a mais de um ano e não consigo dar embora, fico na ilusão que um dia eu vou usar. Fico com dó, não sou de adquirir roupas incessantemente, mas cuido muito bem delas e por isso duram muito. Tenho peças de roupas com mais de seis anos de uso... Pensei se isso não é apego material. Depois fiquei resgatando mentalmente os bota foras anteriores e verificando mentalmente diversas coisas que possuo e não uso como livros, revistas, agendas, materiais escolares. Tenho até papéis de carta que eu colecionava na infância. Não consigo jogar fora!! Lembrei disso outro dia ao ler o post Vícios em emoções (passadas rsr) do Guilherme Cristofani no flash.peoplehome que me fez repensar sobre o meu apego ao passado que é bem como eu me sinto em relação às velharias que insisto em guardar, é como se fosse o meu acervo histórico entende? È a minha história ali em cada objeto, em cada carta, em cada agenda, em cada caderno... Em cada coisa o reflexo das minhas emoções passadas. Se eu jogar fora é como se eu jogasse parte de mim fora. Quantas vezes eu já acordei decidida a me livrar de tudo e simplesmente brochei apreciando minhas lembrancinhas. Será isso apego material ou um vicio?


Capital social? Mmmm

Hoje me deparei com um e-mail que dizia assim: Soluções Financeiras: a Inovação a serviço da transformação social, onde o objetivo é identificar propostas e alternativas para inserir comunidades carentes na economia, ensinando a acessar, investir, poupar, gastar e emprestar dinheiro através de fundos de investimento, grupos de poupança, projetos de micro-crédito, etc etc. No primeiro momento me pareceu a coisa mais linda do mundo e sabemos bem que todas as ações são pra elevar a qualidade de vida destas populações, mas fico pensando se tudo isso não é contra-revolucionário, pois estamos assim nos inserindo ainda mais dentro da malha capitalista, é como ensiná-los a sobreviver dentro do capitalismo: Se você não investir ou poupar será sem duvida um excluído!!! Acredito que podemos sim aprender a viver melhor no capitalismo, mas sem perder de vista o momento da virada, o momento da transformação. Tenho realmente muitas duvidas em relação a estes tipos de empreendedores sociais...



Existe capital social?
Capitalismo bonzinho?

Sei não rapaiz!
^.^

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Enfarte olímpico


- Põe pra fora! Põe! Puta que pariu!!!!!!!

- Este Juiz ta cego!??!?! Que caralho!

Nunca pensei que eu fosse ficar tão empolgada com um joguinho de vôlei!!! Após algumas madrugadas em claro acompanhando as olimpíadas, confesso que esta madrugada foi emocionante. A seleção Brasileira perdeu da Rússia... Mas o jogo foi muito bom, com direito a set de 31 a 29, cada ponto suadissimo! Suadissimo pela Rússia que ganhou de 3 sets a 1. Não posso dizer que os juízes roubaram a nossa seleção, mas deixaram passar uns erros com a maior cara lavada, com direito a zilhões de palavrões e caretas impressionantes do Bernardinho. Estes pontos roubados com certeza influenciaram na nossa derrota, mas enfim o mais importante é que acompanhar os jogos de vôlei independentemente do Brasil estar em quadra é muito gostoso. O jogo entre Polônia e Servia também foi apertadíssimo e cá entre nós, quanto homem bonito neste esporte né?? Aiai Mariusz Wlazly camisa 10 da seleção polonesa... André Heller...Gustavo... Mauricio... ê Brasil...



Realmente lindos...
^.^

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Não leio veja também...

- Cara, eu não acredito!

- Que foi?

- Dá só uma lida aqui nessa matéria da Veja.

- Não posso.

- Como assim? Tá sem óculos?

- Pior. Tô com cérebro.

De Marconi Leal...

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Sobre Krauser e os Gays...

Num post anterior, eu coloquei trechos sobre a questão da legalidade do homossexualismo no país e não mencionei minhas reflexões a respeito. O ponto que mais me chamou a atenção nesta discussão é o que se pode hoje em dia apontar como efeitos naturais ou efeitos morais. Krause dá a entender que naturalizar o homossexualismo não é cientifico e sim ideológico, ideológico marxista. Pois bem, a consagração da família, a união homem e mulher também são ideológicas. A ciência prova que a procriação acontece pela união de gametas masculinos e femininos, mas isso não quer dizer que a relação social existente entre homens e mulheres deva ser como nós conhecemos. Talvez seja fato que a biologia esteja completamente entrelaçada aos nossos hábitos e relações sociais, mas também é fato que somos seres em evolução e podemos desconstruir estas relações e criar novas relações. Essa questão sobre opção sexual transcende ao ato de procriação, pois estamos falando de valores morais socialmente construídos, assim como no Feminismo discutimos a tal sociedade patriarcal vigente, temos que ter bem claro que há uma infinidade de contradições como, por exemplo, questionar o modelo familiar burguês e termos casais Gays almejando casar-se sobre a benção de deus, ter sua própria família e filhos, reproduzindo a lógica que tanto questionamos. Quantas vezes eu já participei de diálogos ferrenhos sobre o tal amor livre, sobre a opção de ser monogâmico, poligâmico, hetero, homo ou bi, enfim, a questão maior é identificar o que está por trás destas discussões, identificar se estamos só lutando por um simples direito, se estamos lutando contra ou reproduzindo este sistema excludente e opressor. Temos no artigo de Krauser, bem claro, que todos os cidadãos que não toleram o homossexualismo serão submetidos a engolir seus preconceitos e se controlar para não ir para cadeia. Não é questão de se controlar e sim de questionar os valores envolvidos de ambos os lados. Acho engraçado todo este jogo de valores e me pergunto varias vezes se a ideologia marxista pode estar intrinsecamente relacionada à naturalização da livre opção sexual, pois acabo de lembrar-me de alguns colegas que são da juventude pastoral e se dizem marxistas porem tem dificuldades em lidar com toda esta questão de liberdade sexual.

Mais uma reflexão... Me preocupo muito com o nicho de mercado que o publico gay vem se tornando e faço um paralelo com a falsa liberdade de expressão que se construiu após o regime ditatorial, onde temos uma banalização do “fale o que quiser” como uma ferramenta de despolitização e alienação, principalmente da juventude. Ter a liberdade para expressar a sexualidade não pode ser confundida com a liberdade para ser o maior e mais novo publico consumidor pró-capitalismo, saindo da marginalidade e indo rumo a mercantilização assim como ocorreu com as mulheres: buscamos tanto a liberdade para acabarmos com a bunda estampada num anuncio de cerveja...

Puta que pariu...


Rir pra não chorar

– Conta, vai!... Conta a história do Brasil!
– Eu não, eu não sou masoquista!


“Auto dos 99 por cento” – Peça teatral do Centro
Popular de Cultura da UNE – Anos 60


Vidinha social

Tento fazer desse lugar o meu lugar
Ao menos por enquanto
Enquanto isso durar
O que me separa de você agora
Um avião, um oceano, outros planos
E muitos enganos (Zélia Duncan)


Já fui uma mocinha bem mais educadinha e agradável.
Todas ás vezes que penso sobre isso, constato que aqui não é o meu lugar e muito menos aí.

Mmmmmmm


A direita me assusta

Ops, errei... Seria o profissional de Direito me assusta. ^.^
Estava navegando sem rumo na internet e me deparei com uma discussão ocorrida no Jus Navigandi, onde Krause publica em dezembro de 2006 "Projeto de Lei nº 5003-b/2001 (crimes de homofobia): a lei da mordaça gay, os superdireitos gays, inconstitucionalidade e totalitarismo" e Paulo Vecchiatti faz uma réplica educadamente pautando o lamentável equivoco juridico. E voce pode estar me perguntando: e daí? Eu me perguntei por horas sobre diversas coisas... ufi ufi *.*

"O que está por trás realmente do projeto de lei de homofobia é a tentativa de impor a todos o dogma da moralidade ou naturalidade do homossexualismo, que não é científico, mas de origem ideológica, marxista, tornando-se penalmente punível a contestação a essa pretensa verdade. Nada mais truculento. Nada mais inadmissível. Trata-se de evidente policiamento ideológico. .... Por certo, a lei não poderia obrigar quem quer que fosse a aceitar o dogma da infalibilidade papal. Todavia, almeja-se impor aos brasileiros o dogma da infalibilidade de Erich Fromm e Herbert Marcuse." (Paul Medeiros Krause na tréplica)

“todos aqueles que não se conformam com comportamentos homossexuais, deverão silenciar ou preparar-se para ocupar uma cela em algum presídio do país." (Dom Rizzato citado por Krause)


estado totalitário marxista? o.O

Alguns...

Quantas vezes eu já pensei e resmunguei sobre a tal cadernetinha que eu deveria ter pendurada no pescoço e a falta gigantesca de iniciativa ou talvez coragem pra tê-la. Certamente alguém ao ler isso, de primeira imagina que eu deva ser uma mocinha de pouca memória, mas para mim a falta de memória é simplesmente pouca vontade de lembrar, pois o que é importante para mim eu jamais esqueço. Mas a cadernetinha me faz muita falta nos momentos poéticos e filosóficos que me pegam sempre desprovida de qualquer papel e caneta e infelizmente não consigo guardar as minhas filosoféias na integra, lamentável... Apesar de que quando tenho como anotar, anoto em qualquer canto e depois perco, que porca miséria!!!!!! Acho engraçado quando vou estudar, pois sempre encontro diversas anotações nos cantinhos, margens e até mesmo no meio dos conteúdos da aula. As anotações são ricas em piadinhas, desenhos, reflexões e sempre, como sempre notas sobre o que lembrar de ler, pesquisar, etc. Lógico que sempre tem estrofes perdidas, são tantas que até pensei em juntar todas para quem sabe surpreender-me com uma fabulosa epopéia poética. =) Só lembrei desta minha falta de organização com minhas produções intelectuais porque hoje ao organizar alguns papéis achei uns rabiscos confusos e gostaria muito de lembrar o que estava havendo comigo no momento que os rabisquei. Certamente mais uma crise jovem modernista insignificante...



Quando criança imaginava que tudo se resolveria com um presidente de bom coração, na época não sabia o que era direita ou esquerda, nem o que era capitalismo. Sempre acreditei naquela estrelinha vermelhinha que o meu pai carregava no peito.

A política é só um instrumento que surgiu para evitar guerras. Uma pessoa de bom coração no comando de um Estado só pode amenizar os impactos da incontrolável evolução do capitalismo.

Dizem que o capitalismo é a transição necessária para o um comunismo, que a busca interior do ser humano é o bem estar coletivo, que o capital terá sua crise e abrirá espaço para a ascensão das massas populares... Mas existe crise para o capital?

o.O

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Que breu foi esse?

No fim do dia caiu uma chuva... Daquelas com direito a vendaval, granizo e apagão!!!Enquanto meu pai sinfoniava sucegadamente o seu ronco, nós estávamos de castigo num breu danado na sala. Não havia um ponto de luz em todo o quarteirão e minha mãe relembrava a infância vivida no breu do agreste enquanto minha cunhada reclamava de como somos dependentes da eletricidade. A discussão foi formidável e foi um ótimo momento para relembrarmos fatos engraçados do passado. Enquanto minha mãe contava sobre as noites sob a luz do lampião na varanda da velha casinha na Malhada, eu resgatava mentalmente minha vivencia no norte da Bahia, mas exatamente na casa do Seu Cizinho onde ainda não havia energia elétrica, porém sobrava alegria apesar de toda simplicidade da vida sertaneja. Quando sai de lá estava prestes a chegar o programa “Luz para todos” e juro que aquilo me deixou triste, pois apesar da eletricidade trazer alguns benefícios, também trás consigo um mal chamado televisão (rede grobo! record! silvinho santos! rsrr). Imagino que aquelas boas conversas no fim da tarde, com histórias, piadas e um pouco de discussão sobre a política local não existam mais, é provável que ao invés disso todos por lá estejam assistindo as novelas e tendo suas vidas invadidas por desejos e fetiches incompatíveis com suas condições sociais.E a chuva por aqui continua... E por lá? Como estará o nosso sertão alumiado? E sinhô!
^.^

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Esquina paranóia delirante...
Estranho como os diversos mundos se fudem, se trombam, se esbarram e tudo passa ser tão normal que engolimos a rotina urbanóide temperada de indiferenças. Quem poderia contemplar uma flor numa esquina cinza na metrópole do Brasil?
Quando encontro a resposta deixo de engolir a rotina...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Crise da madrugada

Conversando com o Guto...

Guto diz:
E além de ler...
Guto diz:
De que mais gosta?
Mi... diz:
não sei..
Mi... diz:
as coisas acontecem na vida, e vou levando. as vezes duvido que faço as coisas porque gosto e sim porque estão ali pra serem feitas e pronto.
Guto diz:
E qual foi a última que fez?
Mi... diz:
não lembro...
Guto diz:
Faz tanto tempo assim?
Mi... diz:
não sei.
Guto diz:
Então tá.
Mi... diz:
tudo é pra ser feito entende... até sair de casa, acho que não saio porque gosto, saio porque só restou isso.
Guto diz:
Estou tentando entender o que vc quer dizer...
Mi... diz:
tipo..assistir um filme... não sei se é porque gosto ou se porque está ali... a ser feito porque não a nada mais a fazer.
Guto diz:
E por que não há nada mais a fazer?
Guto diz:
É uma espécie de fatalismo, é isso?
Mi... diz:
sei lá. não estou vendo a minha vontade expressa nas coisa que faço ultimamene.
Guto diz:
Ah, acho que estou entendendo agora.

...

Guto diz:
Eu acho que o que vc tem é síndrome de fim de curso.
Mi... diz:
será??

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Os dias passam e ainda lembro daquele mar
Azul, tão lindo e vivo como seus olhos
A me guiarem pelo céu tingido de tons azuis e grenás
Os dias passam e não esqueço daquele mar
Todo fim de tarde sereno e lindo
E meu olhar se perdia no horizonte, lá bem longe
Aonde se vai um pescador...

terça-feira, 29 de julho de 2008

Mulher a vida inteira

Conversas vão e conversas voltam, lembrei-me de um encontro das mulheres jovens do partido e da peça apresentada durante o evento: “Mulher a vida inteira”. Esta peça retrata as condições femininas e foi construído a partir de depoimentos que respondiam a questão “O que é ser mulher. É um trabalho realizado pelo grupo Atuadoras e pode-se acompanhar as atividades através do blog www.atuadoras.wordpress.com No blog também encontram-se as poesias construídas de forma coletiva pela platéia em cada apresentação, cada frase dita espontaneamente por uma mulher. Abaixo a construção do qual fiz parte.

20/04 –Hotel San Raphael. Centro de São Paulo, Largo do Arouche. Encontro de mulheres jovens do PT. Como se vê, mudança radical de paisagem, de sons, de experiências…

Rosa de sol é girassol

Passarinho que canta é rouxinol

A mulher sorri quando vê o arrebol*

Num dia nublado, com pouco sol.

Estive andando pelos ares

E por lá deixei meus males

E construí olhares

Para fazer a revolução.

João, João… cozinha o seu feijão.

Perdão, perdão

Vida de perdão

Com meu sonho de liberdade.

*a cor avermelhada do entardecer

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Incrivelmente cansada.

Lá se foram todas minhas reservas energéticas nestes longos e últimos quinze dias. Consegui ficar longe da Internet, eba! Foi por falta de tempo, mas consegui. A partir de agora pretendo ficar cada dia mais longe dela. Adios Internet...

Não há nada tão brutal como este mundo da clausura virtual

Quero o vento nos cabelos, o sol nascendo bem mansinho

Ouvir o som dos passarinhos...

As cores que importam são aquelas que se vem lá fora pela janela

Nada de monitores... Somente o bom dia daqueles que por mim passam

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Cansados?!?!?

Não!!!!

Na luta do povo ninguem se cansa!!


Humm eu diria que ninguem descansa...

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Rosa do quintal





Para minha querida Clarice o sabado é a rosa da semana, para mim todos os dias da semana são...
A Rosa
Pixinguinha

Tu és, divina e graciosa estátua majestosa
do amor, por Deus esculturada
e formada com o ardor,da alma da mais linda flor, de mais ativo olor
e que na vida é a preferida pelo beija-flor.
Se Deus lhe fora tão clemente aqui neste oriente de luz
formada numa tela deslumbrante e bela,
teu coração, junto ao meu lanceado
pregado e crucificado sobre a rosa cruz do arfante peito teu
Tu és a forma ideal, estátua magistral
oh alma perenal, do meu primeiro amor, sublime amor.
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação de todo o coração
cintilas um amor
o riso, a fé, a dor em sândalos olentes cheios de sabor
em vozes tão dolentes quanto um sonho em flor
És láctea estrela, és mãe da realeza
és tudo enfim que tem de belo,
todo o resplendor da santa natureza
Perdão se ouso confessar-te, eu hei de sempre amar-te
Oh flor! Meu peito não resiste,
Ah, meu Deus o quanto é triste,
a incerteza de um amor que mais me faz penar
em esperar em conduzir-te um dia aos pés do altar
Jurar, aos pés do onipotente
em versos comoventes de luz,
e receber a unção da tua gratidão,
depois de remir, teus desejos
em nuvens de beijos hei de envolver-te
até o meu padecer, de todo fenecer.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Este fim de semana como sempre foi só lorotice, dentre as coisas bizarras houveram um sessões filminhos e acabei assistindo "I am not there", uma biográfia surrealista de Bob Dylan, odiei. Nos primeiros 15 minutos de filme eu já estava irritada. Odeio filmes que me fazem buscar por criticas para me auxiliar no entendimento e de fato o filme não é para leigos. Abaixo a musica que mais gosto cantada por Bob pra aliviar... Na seqüência continuação das lorotices =)

Bom... Assistir ao clássico O guarda-costas numa plena noite fria de sexta feira já indicava a lorotisse que seria o meu fim de semana. O guarda-costas mesmo sendo clichesão valeu heim, o Kevin Costner é lindo (tá, o Alan também é). Impressionante foi a trilha sonora I'll always love you que todos cantaram no final freneticamente (todos cantaram porque eu ouvi sim!! ).
Assisti também “Houdini” O ultimo grande mágico, só que na capa o nome do filme era outro “Atos que desafiam a morte”. =/ É semelhante ao Ilusionista e a pequena Saoirse Ronan salvou o filme, porque a beleza da Zeta Jones já me enjoou. Nem acredito que fui de bicão numa festa de aniversario, nem dei parabéns à dona da festa, me entufei de patêzinho e bebi uma cervejinha (varias...) Num certo momento me abandonaram e fui refém de um tiozão que me xavecou
e eu como sempre educadíssima me ferrei, ele passou o resto da festa no meu pé O.o O mais legal foi ter achado uma pessoa “gente boníssima”, a Tia Deise, que irá me ensinar a dançar samba =) Achei uma professora de dança!

Pra variar o retorno da balada foi punk e um motorista de um Gol Branco deve ter se surpreendido com a enorme ratazana mortissima estirada no pára-brisa... Nem vou mencionar quem foi o autor da cena, aliás, foi o mesmo que viu três pernas num allstar branco de cano alto “Tinha bem ali três pernas dentro de um all star branco de cano alto, vocês não virão?”, que errou a letra do hino nacional, que abriu um portão com uma cabeçada e saiu correndo deixando as meninas para trás assumindo a possível culpa.
Eu mereço uma gratificação na próxima baladinha por ter cuidado de alguns “bêbados”.

No domingo pra encerrar a lorotice assisti um filme biográfico do Bob Dylan e nem sei dizer se odiei, na verdade eu não entendi nada... Ninguém entendeu nada, ficamos todos putos! “Nossa paguei cincão neste dvd, na real deveria ter comprado um Askov e nós nos embebedaríamos, seria mais legal”.

Estou me preparando psicologicamente para assistir A insustentável leveza do ser. Repare na capa abaixo. Algo me diz que vou odiar o filme.